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14/06/2021

Como montar um aquário plantado - Parte 1/2

 

 

Você, amigo(a) aquarista, sempre desejou saber como montar um aquário plantado, mas nunca soube por onde começar? Venha conosco para a primeira parte de dois artigos especialmente feitos para você. Vamos passar uma geral de tudo o que você precisa para ter um aquário plantado saudável e duradouro em cinco passos fáceis e simples. Agora não tem mais desculpa para montar um lindo plantado, combinado?

Fonte parceira: https://escoladeaquario.com.br/

1. O substrato:

A maioria das plantas aquáticas se fixam ao substrato, sendo este a base de todo aquário plantado. Começar pelo substrato é começar da base, da estrutura para, lá na frente, o seu aquário plantado ter uma vida longa e saudável.
Dentre as opções de substratos disponíveis, existem:

Laterita

Fonte rica em ferro, geralmente é usada junto com o húmus (que falaremos a seguir). É encontrada na forma concentrada ou em cascalho. O ideal é colocar uma camada de pelo menos uns 7cm em contato direto com o vidro do aquário, também precisa ser “selada” com Areia de rio inerte (Areia de filtro de piscina), pois se a laterita ficar em contato com a água, pode turvar muito fácil. Este substrato você encontra em lojas de Aquarismo.

Húmus de minhoca tratado

Substrato que possui uma imensa reserva de nutrientes. Você pode adquirir de duas formas:

A primeira é comprando o húmus puro em uma floricultura e fazer a “limpeza” (tratamento em casa), mas suja bastante e pode demorar um pouco.

A segunda opção é comprar o húmus já preparado, como por exemplo o Prodac Humus e Humus Plus. Você só precisa abrir a embalagem e colocar no aquário.

Porém, você também precisa colocar uma camada de 5 a 7 cm de areia inerte e se, por acaso, um pouco do húmus subir e entrar em contato com a coluna d’água, pode fazer com que ocorra um aumento no nutriente disponível, abrindo as portas para as algas.

Antigamente utilizávamos com frequência a combinação Laterita + Húmus + Areia de rio cobrindo os dois, porém tínhamos que combater algas com maior frequência…

Com o avanço da tecnologia e novas marcas internacionais sendo importadas, também vieram substratos férteis industrializados e inertes de melhor qualidade e que facilitam nossa vida como aquarista. Hoje em dia, trabalhamos apenas com esses substratos industrializados, mas nada implica de você realizar testes com outras opções, apenas tenha cautela.

Areia de rio, também conhecida por Areia de filtro de piscina

Encontrado em lojas especializadas a um preço acessível, trata-se de um substrato utilizado como camada inerte. Recomendamos com a granulometria média-fina. Atua como uma ótima camada isolante.

Substratos Industrializados

Já são vendidos prontos para uso, não é necessário realizar tratamentos, e alguns desses substratos também não necessitam de uma camada inerte. Recomendamos ler as instruções de cada fabricante antes de usar. As principais marcas que utilizamos e recomendamos são:

– ADA Amazonia
– Prodbio Aqua Growth
– Oceantech
– Mbreda Amazônia
– Pocket River Sollum

Como mencionamos, quando utilizamos substratos férteis industrializados não é necessário colocar uma camada de substrato inerte para “ barrar” o excesso de nutrientes; porém, não podemos esquecer das Trocas Parciais de Água (TPA) que no início devem ser feitas com maior frequência.

Por exemplo: nas duas primeiras semanas podem ser realizadas três ou mais TPAs retirando de 50 a 70% do volume de água do aquário. Claro que isso também vai depender do quanto foi colocado de substrato, quanto menos substrato, menor a necessidade de TPA.

Substrato Inerte Cosmético (decorativo)

Também existe a possibilidade de utilizar cascalhos e areias de diversos tamanhos, formatos e cores. Estes substratos não são nutritivos para as plantas, porém, alguns podem alterar o pH da água. Por isso, sempre pesquise antes de comprar um substrato para seu aquário.

Eles têm esse nome Cosmético pois sua principal função é dar um “acabamento” ou embelezar o layout do aquário sem a necessidade de trazer um efeito para plantas. As marcas mais conhecidas são as mesmas que mencionamos nos Substratos férteis, com um detalhe que a Mbreda hoje em dia é a empresa que possui a maior variedade e com preço bem atrativo.

E já que mencionamos as algas, todo aquarista sabe a dor de cabeça que o problema das algas pode causar. Elas se espalham pelo vidro, elementos decorativos, plantas. Geralmente elas surgem do desequilíbrio do aquário e, por isso mesmo, precisamos sempre nos manter atentos a alguns detalhes:

– Iluminação adequada;
– Filtragem suficiente;
– Boa quantidade de plantas;
– Manutenção periódica;
– Nível de CO2 correto;
– Nutrientes.
– Possuir no aquário peixes que consomem algas (algueiros), assim controlando naturalmente o crescimento das famigeradas.

2. A filtragem:

Um aquário plantado já é, essencialmente, um filtro químico natural, pois as plantas durante a fotossíntese consomem Nitrogênio e Fósforo, o que resulta em um aquário mais equilibrado.

Porém, precisamos manter uma filtragem ativa para garantir um ambiente limpo e propício aos peixes. E para que tudo funcione bem, necessitamos de uma filtragem com mídias biológicas e mecânicas.

Existe também a filtragem química, mas esta é raramente utilizada em aquários plantados, pois como mencionamos, as plantas já ajudam nesta filtragem. Outro detalhe é que o Carvão Ativado, muito utilizado nas filtragens químicas (ele tem efeito principal de tirar o “amarelado” da água e também o cheiro), também remove nutrientes importantes para as plantas.

Carvão Ativado

Todavia, hoje em dia existem resinas tais como PurigemMpure, Pure Ease e outras que ajudam a manter o aquário equilibrado e não removem os nutrientes essenciais para as plantas, sendo possível sua utilização em conjunto.

Purigem

Porém, é importante ficar atento para que a filtragem não cause muita movimentação da água. Caso isso ocorra, você aumenta a oxigenação e isso resulta em diminuição de CO2, uma vez que o Oxigênio e Gás Carbônico ficam nos opostos, quando um sobe de concentração o outro diminui.

Desta forma, é importante utilizar um indicador de CO2 que mostra quando a concentração de CO2 está adequada, porque se o CO2 subir muito, acaba o oxigênio e os peixes começam a morrer.

3. A iluminação:

O que seria de um aquário plantado sem uma iluminação adequada, não é mesmo? Podemos dizer que a Iluminação é o mais importante para o desenvolvimento de plantas aquáticas ornamentais.

Mas, é interessante ter um certo cuidado, pois devemos separar Iluminação de claridade, uma vez que, no aquário a claridade pode comprometer o desenvolvimento das plantas aumentando o crescimento de algas indesejáveis. Veja o exemplo abaixo:

Recentemente em uma consultoria, atendi um cliente que me informou estar desistindo do seu aquário plantado, pois não conseguia deixar sua água cristalina. Ela sempre estava esbranquiçada ou quando conseguia melhorar a água, outras algas como filamentosas e cianobactérias cresciam muito e sufocavam as plantas.

Conforme fui questionando, ele me informou que o aquário foi colocado na área mais clara da casa, pois como batia sol no local, ele não precisava investir muito em iluminação. Quando ele me passou esta informação, expliquei que na verdade o aquário deve ser colocado no local mais escuro possível. (a propósito temos um ebook Os 7 erros iniciais do Aquarista de Água Doce que você pode baixar clicando aqui)

O que acontece é:

Quando instalamos o aquário em um local claro, não conseguimos controlar a quantidade e a intensidade dos raios solares. Mas, quando eu coloco uma luminária, posso programar para ascender 7 ou 10 horas por dia. Também posso controlar para a luminária começar a funcionar com 10% da capacidade e ir aumentando gradativamente até chegar em 65%. Também é possível acender determinadas faixas de iluminação e etc, tudo depende do modelo e valor que você pode investir.

No caso deste cliente, recomendei deixar as cortinas fechadas ou mudar de local. Ele também colocou um timer, visto que ele acendia a luminária em horários e dias diferentes. Também adicionou mais plantas e começou a fertilizar o aquário para acertar o desequilíbrio de nutrientes.

É necessário fornecer a quantia suficiente de luz para que as plantas possam realizar a fotossíntese. Não existe uma regra específica de quanto deve ser a quantidade, além do que hoje em dia existem milhares de opções com Luminárias a LED, mas conseguimos passar uma ideia para você se basear:

Em lâmpadas comuns (a Gás), durante muito tempo utilizamos a regra Watt por Litros, essa regra se baseia em:

Cálculo de 0,5 watt (planta pouco exigente low tech) até 1,0 watt (plantas mais exigentes high tech) por litro de água, então se eu tivesse um aquário com 100 litros poderia colocar de 50 watt (2 lâmpadas de 25w) a 100 watt (4 lâmpadas de 25w).

Mas hoje em dia, como SUGESTÃO, você pode utilizar a regra lumens por litro. Mas não se esqueça de trabalhar com lâmpadas de cor 6000K até 12000 K, sendo que as 6500K são as mais indicadas.

A regra Lumens / Litros:
Iluminação Fraca <= 30 Lm/L
Iluminação Moderada >= 60 Lm/L
Iluminação Forte > 90 Lm/L

Nessa regra, vamos supor que eu tenho um aquário de 100 litros e plantas de necessidade média de Iluminação (por volta de 60 lumens por litro). Fazendo a conta 60Lm x 100 litros do aquário eu tenho como resultado 6000 lumens, ou seja, eu preciso de uma luminária com o total de 6000 lumens, lembrando que essa é uma sugestão, visto que normalmente, cada fornecedor já sugere qual deve ser o tamanho máximo que sua luminária atende.

Para saber mais sobre plantas naturais, acesse nosso catálogo clicando aqui.

Dentre as boas opções disponíveis no mercado, estão:

A – Lâmpadas fluorescentes tubulares (possuem baixa duração) de 10 até 18 meses. As melhores marcas são Hagen, JBL, Giesemann.

Essas lâmpadas são encontradas em 3 modelos: T10 VHO (Very High Optimization), que era comercializada até meados de 2000. Depois vieram as T8, que são as tradicionais, ainda encontradas no mercado, mas com baixa eficiência. Por fim, vieram as T5, que foram muito utilizadas para aquários plantados e estão sendo substituídas pelos LEDs.

Lamp VHO
T5 Lamp

B- HQI. Excelente para aquários plantados altos, porém além do elevado investimento, elas exigem um reator e suporte muito resistentes, pois esquentam bastante e consomem muita energia.;

HQI Lamp

C – Lâmpadas fluorescentes compactas PL. Tanto esta quanto as tubulares não são recomendadas para aquários com mais de 50cm de altura, pois apesar de Iluminar o aquário, elas não conseguem levar boa parte da luminosidade ao fundo, então se você colocar uma planta carpete, ela dificilmente vai se desenvolver.

PL Lamp

D – Luminárias LED. São as mais utilizadas atualmente, com uma grande variedade de preços e funcionalidades. Você também consegue fazer sua própria luminária com diversos tutoriais na Internet.

Luminária LED

Mas não se preocupe, comece sempre com o que você pode e aos poucos vai melhorando a iluminação.

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